O governo federal fará mais uma rodada de corte de cargos nos quadros do funcionalismo público nos próximos meses. Em café da manhã com jornalistas, o secretário-especial de desburocratizarão, gestão e governo digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, adiantou a redução.
O novo corte de cargos ocorrerá ainda no primeiro semestre. O governo, contudo, não detalhou quantas vagas e quais órgãos e carreiras serão afetadas.
Somente em 2019, a pasta extinguiu 26,5 mil cargos que estavam vagos e tiveram fechamento imediato. Outros 14,3 mil estão ocupados, mas deverão deixar de existir após vacância. “Isso serve para verificar eventuais cargos obsoletos”, destacou.
Em dezembro, o Metrópoles mostrou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou três decretos que extinguem juntos 61,5 mil cargos entre comissionados, de confiança e postos extintos.
Para se ter dimensão dos cortes do primeiro ano de gestão, Bolsonaro enxugou o quadro em um número 31% maior do que o do ex-presidente Michel Temer (MDB), que realizou o que, até então, tinha sido o maior corte da história ao acabar com 42 mil cargos durante o mandato.
Em comparação com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que cortou 3 mil cargos, a redução promovida por Bolsonaro é 20 vezes superior. Ao todo, o governo federal mantém mais de 600 mil servidores.
Reforma administrativa
Esta é mais uma das mudanças no funcionalismo público. Em fevereiro, o governo pretende enviar ao Congresso a reforma administrativa. Segundo Uebel, os principais pontos já estão determinados. Ele adiantou que a lei não mexerá em salários nem de servidores atuais nem daqueles que serão admitidos após a reforma.
“A reforma administrativa vai criar um novo arcabouço legal para novos servidores. Estabilidade, remuneração e demissão dos atuais servidores não mudará. Os atuais terão ajustes que ainda serão apresentados, mas nada estrutural”, destacou. (Fonte: Metropoles)

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