O futuro ministro da Justiça e da Segurança Público, Sergio Moro, anunciou nesta terça-feira o delegado Maurício Valeixo para a direção-geral da Polícia Federal. Atual superintendente da corporação no Paraná, ele substituirá Rogério Galoro no comando do órgão.
Moro também indicou a delegada Erika Marena para a chefia do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça.
Ambos fazem parte atualmente da equipe de transição do governo de Jair Bolsonaro, que conta também com outros nomes da ‘República de Curitiba’, como o delegado Rosalvo Ferreira Franco.
O futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública deve trazer para o seu entorno alguns dos principais nomes da ‘República de Curitiba’, grupo de procuradores e delegados federais que, como ele, tiveram papel de destaque na Operação Lava Jato no Paraná.
Eu sempre falei que seria um tolo se não aproveitasse pessoas de qualidade que trabalharam comigo”, disse Moro ao anunciar os primeiros nomes da sua equipe.
Amigo de longa data do ex-juiz, Valeixo é atualmente responsável pelas ações da Lava Jato em Curitiba. Ele já atuou em Brasília, na gestão do ex-diretor-geral Leandro Daiello, quando chefiou a Diretoria de Combate ao Crime Organizado (Dicor).
Erika Marena participou de parte do início das investigações da operação Lava Jato e foi a responsável pela operação Ouvidos Moucos, que ficou marcada pelo suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, três meses depois de ter sido preso na operação.
Entre outros nomes que atuaram com Moro, Flavia Blanco, secretária da 13ª Vara Federal de Curitiba, deverá ser a chefe de gabinete do futuro ministro. O delegado Igor Romário de Paula deverá chefiar a Dicor.
No domingo 18, a coluna Radar, de VEJA, informou que o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, é o preferido de Moro para substituir Raquel Dodge como procurador-geral da República.

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