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Lionel Messi, o melhor jogador do mundo, voltou atrás em sua decisão de deixar a seleção argentina após perder a final da Copa América do Centenário para o Chile, e voltará a vestir a camisa alviceleste nas próximas partidas das eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.

Desde que “La Pulga” fez seu anúncio na madrugada de 26 de junho, o país ficou em choque pelo repentino e precoce abandono do jogador da seleção argentina. Porém, nenhuma outra partida foi disputada pela equipe nacional desde então.

“Passaram muitas coisas pela minha cabeça desde o dia da última final e pensei seriamente em deixá-la (a seleção), mas amo demais o meu país e essa camisa”, escreveu Messi em um comunicado.

O craque do Barcelona, de 29 anos, disse que vê “muitos problemas no futebol argentino e não pretendo criar mais um. Não quero causar nenhum dano, sempre quis o contrário, ajudar em tudo o que puder”, acrescentou.

Com este anúncio, Messi confirmou que jogará contra o Uruguai e a Venezuela, em 1º e 6 de setembro, nas partidas pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia, em 2018.

Seu comunicado foi divulgado horas antes de o novo técnico, Edgardo Bauza, divulgar sua primeira lista de convocados e dois dias depois de se reunir com Messi e Javier Mascherano na Europa.

O pai do craque já havia criado essa ilusão ao publicar no Instagram uma foto da camisa argentina com o número 10. Tudo um símbolo.

Em 26 de junho e depois da derrota na final da Copa América diante do Chile, o capitão da Argentina fechou as portas para a seleção, muito frustrado.

O jogador errou a primeira cobrança de pênaltis – que definiu a partida por 4-2 – deixando a Argentina de mãos vazias depois de chegar muito perto da vitória da Copa América, mais uma vez como há 20 anos.

Maradona e Macri

Enquanto Messi já ganhou tudo com o Barcelona e alcançou todos os recordes possíveis com o clube catalão, a dívida com a Argentina continua pendente.

Desde a sua medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, nunca voltou a festejar com a alviceleste, e na Argentina tem vivido como um fracasso por ter chegado às finais sem levar nada como na Copa do Mundo Brasil-2014 diante da Alemanha e em três Copas América (em 2007, com o Brasil, em 2015 e 2016, ambas a favor do Chile).

Mas quado Messi disse que deixaria a seleção, o impacto foi tal que Diego Maradona e o presidente Mauricio Macri pediram que ele voltasse atrás em sua decisão.

“Como é isso de voltar, se Messi nunca foi? Continuo pensando o mesmo, foi tudo uma novela para mascarar a final perdida!”, escreveu um torcedor com o nome de Vidal no Twitter, onde a maioria escrevia “goooool” pelo anúncio do craque.

#VoltaMessi

Da hashtag #NãoSeVáMessi de junho, os argentinos passaram nesta sexta-feira ao #VoltaMessi, reflexo de como a anunciada partida do jogador mais premiado do mundo os deixou perplexos. E grande parte da imprensa e dos fanáticos passaram das críticas cruéis à admiração incondicional.

Há um mês e meio, com a instituição do futebol argentino – AFA – atravessando a pior crise de sua história, ao perder seu técnico Gerardo ‘Tata’ Martino pouco depois do anúncio da ida de Messi, o foco de todos os debates era recuperar Messi e encontrar um treinador que conseguisse reverter a sua decisão.

“Falamos uma hora de futebol. Não me disse nem que sim, nem que não, porque não falamos sobre seu retorno”, disse Bauza, em Barcelona, na quarta-feira.

Edgardo ‘Patón’ Bauza, vencedor de duas Libertadores da América como técnico na Argentina e no Equador e até o mês passando no São Paulo, apresentará na tarde desta sexta-feira sua lista de convocados com o Messi que sua equipe sonhava.

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