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As restrições para o tráfego de aeronaves no espaço aéreo do Rio em razão da Olimpíada começarão no próximo dia 24, informou nesta quinta-feira (14) a Força Aérea Brasileira.

De 24 de julho a 22 de agosto, o sobrevoo comercial será restrito num raio de 7,2 quilômetros das cinco regiões que terão competições. São elas Barra da Tijuca, Copacabana, Maracanã, Engenho de Dentro e Deodoro.

Essas áreas são classificadas com a cor vermelha. Apenas aeronaves militares, de segurança pública, de autoridades, socorro médico e da mídia oficial do evento terão autorização para trafegar.

As limitações a voos nesses locais serão permanentes durante os Jogos e não poderão ser sobrevoadas, por exemplo, por helicópteros, aviões de turismo, asa-deltas, balões ou drones, independentemente do tamanho e horário do voo.

A restrição começa antes do início oficial das Olimpíadas, em 5 de agosto. O motivo são as visitas de atletas à Vila Olímpica e demais instalações, permitidas a partir do dia 24.

Medidas

Caso haja invasão do espaço aéreo, a Aeronáutica tem autoridade para abordar a aeronave, escoltá-la com caças até a saída da área restrita e mesmo exigir o pouso.

Em última instância, caso o piloto se recuse a cumprir as ordens anteriores, os militares podem abater a aeronave com caças, baterias anti-aéreas e misseis terra-ar.

O major brigadeiro do ar Mário Luis da Silva Jordão, comandante do Comdabra (Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro), afirmou que a medida extrema provavelmente não precisará ser empregada.

Segundo o major, aeronaves que invadem o espaço aéreo costumam fazê-lo por desconhecer a restrição. Nesses casos, a não chegam a ser abatidas.

Apenas uma vez na história o Brasil abateu um avião que descumpriu ordem de não invadir espaço aéreo restrito. Foi em outubro do ano passado, com avião que vinha do Paraguai e transportava droga.

Após contato, ordem de pouso e um tiro de advertência, a Aeronáutica recebeu a autorização presidencial para abater a aeronave. Na Olimpíada, caberá ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato, dar a ordem se necessário.

“99% das ações de policiamento que precedem a destruição da aeronave dão resultado. Tivemos caso de invasão de espaço aéreo na Copa, mas nenhum que tenha chegado a última instância de atuação”, disse Jordão.

Outras restrições

Transporte aéreo de chefes de Estado, delegações e aeronaves comerciais serão permitidos num raio de 27 quilômetros das cinco áreas de competição. Nesta zona, classificada com a cor amarela, o espaço aéreo será bloqueado duas horas antes dos eventos.

A última área, de cor branca, compreende um raio de 100 quilômetros dos locais de competição e seguirá as regras comuns, em que qualquer aeronave de acordo com as normas legais pode circular.

A restrição ao espaço aéreo é semelhante à empregada na Copa do Mundo. O esquema foi detalhado nesta quinta-feira, durante entrevista coletiva organizada pela Aeronáutica.

Chefes de Estado

Caberá também à Aeronáutica a recepção dos chefes de Estado. Eles chegarão ao Rio pela base aérea do Galeão, zona militarizada ao lado do aeroporto internacional do Rio.

De acordo com o major-brigadeiro José Euclides da Silva Gonçalves, até o momento 30 chefes de Estado confirmaram a presença.

A Aeronáutica, disse ele, trabalha para receber até 100 delegações oficiais de países estrangeiros. As instalações da base aérea têm condição de receber até nove comitivas em um intervalo de uma hora, disse ele. (FolhaPress)

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