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Ao menos duas pessoas do elenco artístico que participará da cerimônia de abertura da Olimpíada foram furtadas durante os ensaios para o evento dentro do Maracanã.

Dançarinos voluntários faziam o primeiro ensaio dentro do estádio no último domingo (10) quando o crime ocorreu. Não havia local para os participantes deixarem seus pertences, que foram retirados de bolsas que estavam sob a vista de agentes da Força Nacional.

Funcionários da Rio 2016 que cuidam da organização da cerimônia orientaram os dançarinos a deixarem suas bolsas em um setor da arquibancada, enquanto o ensaio ocorria no gramado.

O local era guardado por um policial da Força Nacional, instituição que atua no interior como autoridade máxima de segurança no estádio desde o início de julho. Caberá à força, formada por policiais e bombeiros de diversas partes do Brasil, a segurança no interior das arenas e locais de competição.

Uma das voluntárias teve o celular e sua carteira de identidade furtados. Uma segunda dançarina teve a carteira com dinheiro e cartões, um carregador de celular e um casaco também furtados. Elas fazem parte do grupo que fará apresentação de maracatu durante a cerimônia de abertura, que ocorrerá no dia 5 de agosto.

A reportagem confirmou a informação com três pessoas que estavam no estádio no dia do ocorrido. Dois boletins de ocorrência sobre o caso foram registrados pelas vítimas, em delegacias da Barra e Nova Iguaçu.

Segundo Cláudia Lúcia Moraes, mãe da voluntária Maria Antônia Ribeiro Moraes, 16, cujo celular foi furtado, a Rio 2016 orientou os dançarinos a não levar objetos de valor aos ensaios, que ocorrem das 13h às 22h.

No local anterior de ensaios, uma área em São Cristóvão, zona norte, a organização disponibilizou armários com chaves aos voluntários, algo que não ocorreu no Maracanã.

“Não é possível compreender que uma pessoa fique quase dez horas fora de casa e não leve o celular. Então, esse argumento [de evitar levar objetos de valor aos ensaios] não faz sentido. Minha filha está muito triste de ter passado por isso num local totalmente guardado pelas autoridades”, disse a mãe.

De acordo com uma voluntária que não quis se identificar, havia agentes em todos os acessos à arquibancada. Quatro grupos ensaiavam no mesmo dia.

A mãe afirmou que a jovem questionou o agente da Força Nacional sobre o furto. Ele teria dito que não presenciou movimentação estranha, tampouco a retirada de algum objeto das bolsas.

A voluntária também teria questionado a Rio 2016 sobre imagens do circuito interno de câmeras e teria recebido como resposta de que as imagens não existem. Segundo Cláudia, até o momento, a Rio 2016, bem como a coordenação dos voluntários, não fez qualquer menção em reparar o ocorrido.

OUTRO LADO

Procurada, a Rio 2016 não se pronunciou. A Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, ligada ao Ministério da Justiça, também não comentou.

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