O inquérito que investiga corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC) voltou ao Supremo Tribunal Federal (STF) e vai tramitar em sigilo.

O principal alvo das apurações é o ex-chefe da pasta, Milton Ribeiro, acusado de favorecer pastores na distribuição de verbas da pasta por meio de um gabinete paralelo.

O processo, sob relatoria da ministra Cármen Lúcia, foi aberto em março e logo depois remetido à Justiça Federal, quando Ribeiro pediu exoneração do cargo e perdeu o foro por prerrogativa.

Na última semana, o caso voltou aos holofotes diante da prisão preventiva do ex-ministro da Educação que, de tão pouco motivada, foi revertida um dia depois pelo TRF-1.

No meio do imbróglio, surgiu ainda a acusação de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria interferido e vazado informações da operação da Polícia Federal que prendeu o ex-ministro. Conversas telefônicas interceptadas pela PF apontam indícios de que Milton Ribeiro foi avisado sobre a operação com antecedência.

Como o presidente detém prerrogativa, a Justiça Federal acatou pedido do Ministério Público Federal (MPF) e enviou novamente o caso para o Supremo.

Comments are closed.