O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou, nesta sexta-feira (26/4), em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, a planta de produção de insulina da farmacêutica Biomm. Um dos acionistas da empresa é o ex-ministro do Turismo e de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, que esteve na Esplanada dos Ministérios durante o primeiro mandato de Lula.
A Biomm teve R$ 203 milhões de crédito da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para implantar a planta inaugurada nesta sexta. Ainda houve outros R$ 133 milhões via equity do BNDES e BDMG.
A solenidade ainda marcou a assinatura de protocolo de intenções entre a Biomm e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para desenvolver um programa de cooperação mútua voltado a plataformas de produção de medicamentos para o tratamento de doenças metabólicas. De acordo com o Palácio do Planalto, a inauguração da planta marca a retomada de produção de insulina por uma empresa nacional após mais de duas décadas.
A perspectiva é que a planta da Biomm tenha a capacidade para 20 milhões de unidades de carpules de insulina glargina por ano. Além disso, a expectativa é que a fábrica de Nova Lima produza 20 milhões de frascos de outros biomedicamentos, como a insulina humana recombinante. Conforme o governo Lula, a estimativa é de que a unidade, de 12 mil metros quadrados de área construída, gere 300 empregos diretos e 1,2 mil indiretos.
Segundo informações da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), Mares Guia, que, além de ter sido ministro, é amigo de Lula, tem 5,2% das ações ordinárias da Biomm. Como mostrou, o ex-ministro foi um dos responsáveis pela aproximação entre Lula e o então candidato ao governo de Minas Alexandre Kalil (PSD) em 2022.
Além de Lula, a comitiva presidencial tem a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Convidado, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), não foi a Nova Lima por um incômodo com o Planalto após a suspensão da desoneração da folha pelo Supremo Tribunal Federal.