O Estado
PIB teve queda acumulada nos anos de 2015 (-4,1%) e em 2016/2017 (-11,5%); estado é o terceiro no ranking, atrás do Espírito Santo (-12,3%) e de Sergipe (-11,8%)

O Maranhão foi um dos estados que registrou maior queda acumulada do Produto Interno Bruto (PIB – que é a soma de todas as riquezas produzidas) em 2016 e 2017. Com percentual de -11,5%, é a terceira unidade da Federação nesse ranking, atrás do Espírito Santo (-12,3%) e de Sergipe (-11,8%). As informações foram divulgadas pela consultoria Tendência e têm por base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Vale destacar que o declínio registrado no Maranhão nesse período é quase o dobro do apontado no Brasil, onde a queda acumulada no PIB chegou a 6,9% em 2016 e 2017. O Maranhão está no grupo dos oito estados cujo recuo acumulado do PIB passou dos 9%.
Segundo o levantamento da consultoria, estados como Maranhão, Piauí e Bahia sofreram com uma “quebra severa da safra agrícola” no período em questão. Outro possível causa apontada para a queda ocorrida em estados da região Nordeste, foi o corte dos investimentos públicos, que atingiram em 2017 seu menor nível em 50 anos como proporção do PIB.
Nesse período, houve queda acentuada também em outros estados, caso do Amapá (-11,1%), Pernambuco (-10,5%), Amazonas (-10,2%), Bahia (-9,9%) e Piauí (-9,3%). Em estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte a queda tem explicação bem explícita: as unidades vivenciam a consequência da recessão: a crise fiscal. O problema, inclusive, levou a atrasos no pagamento do funcionalismo e a outros agravantes.
No caso do líder em queda, o Espírito Santo (-12,3%), a explicação também é do conhecimento público. Segundo a consultoria Tendências, a economia do estado é dependente da indústria extrativa, afetada em cheio pelo desastre da mineradora Samarco. Isso porque o efeito da lama da barragem de Fundão, que se rompeu em Mariana (MG), atingiu em cheio o estado vizinho.
Os estados de São Paulo (queda de 7%) e Rio de Janeiro (6,6%) ficaram próximos da média nacional (-6,9%). As menores quedas estaduais do PIB foram registradas em Roraima (-0,4%), Pará (-1,3%), Distrito Federal (-4,2%) e Acre (-4,6%).
Declínio tem registro desde 2015 no estado
O Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão registra resultados negativos desde 2015 – primeiro ano do governo Flávio Dino -, quando houve queda de 4,1%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2014, o PIB do estado havia registrado crescimento de 3,9%.
Outro dado negativo para o estado é que em 2015, o PIB per capita, no valor de R$ 11.366,23, foi o menor no país, colocando o Maranhão na última posição relativa no ranking nacional. O maior foi o Distrito Federal, no valor de R$ 73.971,05.
O Maranhão, cujo PIB correspondeu a R$ 78,475 bilhões em moeda corrente em 2015, ficou entre os nove estados que registram queda acima da média do Brasil (-3,5%). O estado do Amapá teve o maior recuo no país (-5,5%), seguido do Amazonas (-5,4%), Rio Grande do Sul (-4,6%), Goiás e Minas Gerais (-4,3%), Santa Catarina e Pernambuco (-4,2) e São Paulo (-4,1%).
De acordo com as informações levantadas pelo IBGE, com esse valor de R$ 78,475 bilhões a participação do Maranhão no PIB nacional corresponde a 1,3% mantendo, além do que o estado mantém-se na 17ª posição no país.
Os números do PIB vêm se somar a outros resultados negativos verificados no Maranhão em 2015, a exemplo do emprego formal (com carteira assinada), que pela primeira vez em 12 anos (de 2003 a 2014 sempre teve saldo positivo) registrou déficit. Naquele ano, o estado perdeu 16.489 empregos celetistas, redução de 3,36%.
Série histórica
Em 2015, pela primeira vez na série histórica iniciada em 2002, houve queda no volume do PIB de todas as unidades da federação, com Mato Grosso do Sul (-0,3%), Roraima (-0,3%) e Tocantins (-0,4%) com os melhores resultados.
Queda acumulada do PIB 2016/2017
Espírito Santo 12,3%
Sergipe 11,8%
Maranhão 11,5%
Amapá 11,1%
Pernambuco 10,5%
Amazonas 10,2%
Bahia 9,9%
Piauí 9,3%

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