Para tentar barrar a instalação da CPI do MEC no Senado, protocolada nesta terça-feira (28), o líder do governo na Casa Legislativa, Carlos Portinho (PL-RJ), pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso o colegiado receba a autorização para ser instalado.

De acordo com o liberal, o argumento é de que há outros pedidos de abertura de CPIs na frente desta, citando como exemplos as do Narcotráfico, ONGs e Obras Inacabadas (esta de autoria dele).

Conforme o portal O Antagonista, Portinho e o também senador Plínio Valério (PSDB-AM) protocolaram, no dia de hoje, requerimentos solicitando o respeito à cronologia das CPIs protocoladas no Senado desde o início do ano – Valério, por sua vez, é autor da CPI das ONGs.

“Sempre há [possibilidade de recorrer ao STF]. E dessa vez Randolfe não está correndo sozinho, como na CPI da Covid”, disse Portinho ao jornal O Globo.

No ano passado, para abrir a CPI da Covid, a oposição recorreu ao Supremo para que a Corte obrigasse a abertura da comissão. A decisão do STF foi acatada por Pacheco, que segurava a instalação do colegiado.

Pouco estrago

Segundo o jornal O Globo, no entanto, se a CPI for instalada, auxiliares diretos do presidente Jair Bolsonaro (PL) acreditam que o estrago para o governo será pequeno. Uma das apostas é a proximidade das eleições.

Senadores da oposição, que se destacaram na CPI da Covid, a exemplo de Renan Calheiros (MDB-AL), estarão fora do Congresso, envolvidos com a campanha.

Além disso, o entorno do presidente alega que as investigações não devem atingi-lo. No Palácio do Planalto o discurso é de que Bolsonaro não interferiu na investigação da Polícia Federal.

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