A Alta Comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, afirmou estar preocupada com as ameaças crescentes a ambientalistas e indígenas no Brasil.

Ela também falou dos riscos à democracia, da violência contra os candidatos e aos legisladores do país. Bachelet citou o Brasil no discurso de abertura do Conselho de Direitos Humanos da ONU, na manhã desta segunda-feira (13) em Genebra, na Suíça.

Ela chamou a atenção ainda para ameaças a ataques a minoria no Brasil, “particularmente negros, mulheres e LGBTQI+” e para “casos recentes de violência policial e racismo estrutural” também no Brasil.

“No Brasil, estou alarmada por ameaças contra defensores dos direitos humanos e ambientais e contra indígenas, incluindo a contaminação pela exposição à mineração ilegal de ouro”, declarou Bachelet. “Peço às autoridades que garantam o respeito aos direitos fundamentais e instituições independentes”.

A ex-presidente do Chile não mencionou casos específicos, mas as declarações vieram em meio à incerteza sobre o paradeiro do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, que desapareceram na Amazônia em 5 de junho.

Neste domingo, indígenas localizaram, à margem de um rio, equipamentos que a Polícia Federal confirmou serem da dupla.

Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro vem intensificando os ataques ao sistema eleitoral brasileiro e a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto enaltece as Forças Armadas.(Com AFP)

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