A Procuradoria Geral do Estado do Maranhão voltou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal no sentido de fazer com que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprecie com urgência excepcionalíssima novos documentos apresentados para liberação da importação e uso da vacina russa Sputnik V, produzida pelo Instituto Gamaleya.

No documento encaminhado ao STF, a Procuradoria solicita prazo de sete dias para que o órgão federal finalize a análise do processo.

Entre os documentos enviados estão correspondência do Instituto Gamaleya negando afirmações do diretores da Agência sobre a segurança da vacina. Há também parecer do médico Almícar Tanuri, doutor em genética e virologia e professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Afirmando que a Anvisa permanece silente diante dos novos dados apresentados, o estado do Maranhão pediu ao ministro Ricardo Lewandowski novo prazo para que o órgão se manifeste.

No dia 26 do mês passado, gerentes da Anvisa reprovaram o imunizante alegando que o fabricante da Sputnik V não apresentou a análise de segurança da vacina por faixa etária, por comorbidades e para soropositivos para o SARS-CoV-2.

Além disso, a empresa também não demonstrou que controla de forma eficiente o processo para evitar outros vírus contaminantes durante a produção do imunizante.

Entre um dos principais pontos observados pela área técnica, relataram os gerentes da Anvisa, foi verificada a possibilidade de replicação do adenovírus utilizado para levar o material genético do coronavírus para o corpo — o contrário do efeito que se pretende com a imunização. (Com informações da Folha)

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