Uma equipe de especialistas do Instituto Colonização e Terras do Maranhão (ITERMA) e da Secretaria de Estado Extraordinária de igualdade Racial (SEIR) estiveram nos dias 02 e 03 de Setembro/2020, no território Quilombola Boa Vista na cidade de Rosário-MA, para dar continuidade ao processo de regularização fundiária com o diagnóstico de identificação e reconhecimento do território quilombola (DIRTQ) através de escutas e visitas pela comunidade.

O diagnóstico é uma das etapas para a regulariazação fundiária da Comunidade — afirma Anny Linhares- pesquisadora da Comissão de Territórios Tradicionais. O órgão não divulgou o prazo final para a conclusão das atividades.

O morador do quilombo, João Luis Dantas, diz que 97 famílias fazem parte da comunidade. Segundo ele, muitos sofrem por medo de represálias. — É o sonho das nossas vidas ter o direito de permanecer nas terras, que são nossas por direito. Esperamos por isso há muito tempo. Já fomos inclusive ameaçados por isso, famílias já tiveram casas queimadas e plantações destruídas — destaca.

O representante quilombola, Celso Gaspar fala ainda que a propriedade é muito produtiva e que querem viver em harmonia com as empresas que ocupam parte desta área.
Utilizamos a terra para a nossa sobrevivência, é possível ver grandes áreas de produção agrícolas e um potencial enorme para fomentarmos o turismo de vivencia em nossa comunidade.

Nós entendemos que o direito à propriedade da terra onde mora, é um direito que deve ser adquirido pelas terras quilombolas e nós do governo do Estado do Maranhão estamos garantindo esse direito fundamental a esta população — diz Mauro Marques, coordenador do programa maranhão quilombola da SEIR.

Estiveram presentes: Anny Linhares- pesquisadora da Comissão de Territórios Tradicionais (ITERMA), Nonato Pires- Engenheiro Agrônomo (ITERMA), João Vitor- Advogado e Coordenador da Comissão de Territórios Tradicionais (ITERMA), Mauro Marques – Coordenador do Programa Maranhão Quilombola (SEIR) e lideranças moradores do Povoado Boa Vista.

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