Povoados como Travosa, Betânia e Ponta Mangue deixariam de fazer parte do parque e da área de proteção ambiental, fato que flexibilizaria construções civis na região. Antropólogos e ambientalistas já reagiram criticamente à ideia do PL, e deixaram em alerta a população dos povoados que serão retirados dos atuais limites do parque caso o projeto seja aprovado no Senado.
A proposta, iminentemente, também pode afetar o potencial econômico de uma possível concessão da exploração de serviços dentro da área, uma vez que as lagoas perenes, que geram grande fluxo de turistas do mundo inteiro, ficariam de fora dos novos limites do parque. Vale ressaltar que tal concessão é defendida pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
As novas limitações do parque, que ocasionariam a retirada dos povoados da área dos Lençóis, reduziria o número de habitantes que vivem, atualmente, na região, passando de 2.603 para 588. Aqueles que ficarem de fora, como agricultores, pescadores e marisqueiras, caso o projeto do senador Roberto Rocha seja aprovado, não mais poderá explorar recursos da área – que, atualmente, lhes garantem o sustento de suas famílias.