Agenda. Temer tenta imprimir agenda positiva e diz ter a “sensação” de que o país está crescendo/Foto: Beto Barrata

Enquanto a segunda denúncia da Procuradoria Geral da República era lida na Câmara, o presidente Michel Temer, alvo da peça acusatória, anunciava a criação do programa Progredir e afirmava que a palavra será usada como lema de seu governo. O peemedebista ressaltou que o verbo traduz “o esforço feito até o momento” pela gestão federal para o desenvolvimento do país.

“Esse progredir é do próprio governo, porque já produzimos no campo social e no desenvolvimento do país”, justificou. O programa anunciado nesta terça (26) prevê a liberação de R$ 3 bilhões em microcrédito ao ano para beneficiários do Bolsa Família, além de 1 milhão de vagas no Pronatec e em oficinas técnicas.

Na tentativa de tirar o foco da acusação contra si por obstrução de Justiça e organização criminosa, o presidente ignorou o assunto durante a cerimônia e tentou dar ares de normalidade ao governo, afirmando que tem o “sonho” de que em dez ou 15 anos nenhum brasileiro precise mais do Bolsa Família. “Meu sonho é que daqui a dez, 15 anos – não vou fixar prazo –, num dado momento, venhamos aqui para comemorar a desnecessidade de qualquer benefício individual e que todos estarão empregados no nosso país”, disse.

Segundo Michel Temer, ele tem a “sensação” de que o país está crescendo e se desenvolvendo. “A Bolsa de Valores atingiu seu maior pico, mais de 76 mil pontos. Quando a Bolsa reage dessa maneira, significa credibilidade e confiança. E ninguém investe sem confiança”, declarou.

Pente-fino

Bolsa – O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, afirmou que o governo fez um pente-fino no Bolsa Família: 5 milhões de famílias saíram do programa, e 3 milhões entraram.

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