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A polícia indiana informou nesta quarta-feira (11) ter recuperado mais de 6.000 tartarugas de água doce das mãos de caçadores ilegais que planejavam contrabandeá-las para o sudeste asiático, no maior confisco de animais selvagens do país.

As 6.430 tartarugas, da espécie Lissemys punctata, foram encontradas dentro de 140 sacos de juta no estado de Uttar Pradesh (norte) nessa terça-feira (10).

“As autoridades confirmaram que este é o maior confisco na história da vida selvagem do país, tanto em termos de número como de peso – 4,4 toneladas”, disse à AFP Arvind Chaturvedi, chefe da força-tarefa especial do estado que resgatou as tartarugas.

Apesar dessas tartarugas indianas não serem particularmente raras, trata-se de uma espécie protegida no país. Chaturvedi disse que a polícia prendeu o “chefe” da rede de traficantes e que provavelmente faria mais detenções.

Os traficantes encheram metade de um caminhão com as tartarugas para levá-las para a cidade de Kolkata, a leste, de onde seriam transportadas ilegalmente para a China, Hong Kong, Mianmar, Tailândia, Cingapura, Malásia e Bangladesh, acrescentou Chaturvedi.

Sua carne é considerada afrodisíaca, enquanto os ossos são pulverizados e usados na medicina tradicional e em sopas.

Rachna Tiwari, da Aliança para a Sobrevivência das Tartarugas (TSA), com sede nos Estados Unidos, disse que os contrabandistas podem ganhar até 1.000 rupias (US$ 15) por tartaruga.

“A luta contra a caça furtiva melhorou, mas considerando a escala em que essas tartarugas protegidas estão sendo capturadas, quem sabe, elas podem em breve se tornar uma espécie ameaçada”, disse Tiwari à AFP.

As tartarugas recuperadas estão atualmente em um santuário improvisado no centro local da TSA. Uttar Pradesh é o lar de 14 das 28 espécies de tartarugas ameaçadas de extinção da Índia, e ao menos 20.000 exemplares são contrabandeados para fora do estado a cada ano.

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