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Um dos principais aliados do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) afirmou nesta sexta-feira, 30, que visitou o correligionário hoje na prisão em Curitiba (PR). Marun disse ter encontrado Cunha em bom estado de saúde, preocupado com sua defesa e ligado nas questões nacionais.

“Estou em Curitiba, saindo do Complexo Médico Penal de Pinhais, onde fiz uma visita de caráter natalino a Eduardo Cunha. Encontrei-o em boa saúde, preocupado com a sua defesa e concatenado com as questões nacionais. É evidente a sua revolta por estar em prisão preventiva sem ter sido até agora sequer ouvido em juízo”, afirmou Marun por meio de mensagem enviada pelo WhatsApp.

Cunha foi preso preventivamente no dia 19 de outubro, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações da Operação Lava Jato na primeira instância. Nos dois primeiros meses, ele ficou preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, de onde foi transferido em 19 de dezembro para a penitenciária de Pinhais, onde estão outros políticos envolvidos na Lava Jato, como o ex-ministro José Dirceu.

Desde que foi preso, aumentaram as especulações nos bastidores da política de que o ex-presidente da Câmara pudesse fazer delação premiada, o que não se concretizou até agora. Em Curitiba, o deputado cassado contratou o escritório do advogado Marlus Arns de Oliveira, que foi responsável pelas delações de executivos da construtora Camargo Corrêa.

Marun contou que, durante a visita a Cunha na prisão, presenteou o ex-presidente da Câmara com o livro “Ditadura Acabada”, do jornalista Élio Gaspari, colunista do jornal Folha de S. Paulo. “E expressei votos de um 2017 menos infeliz”, acrescentou Marun na mensagem do WhatsApp enviada ao Brodcast Político, sistema de notícias em tempo real da Agência Estado.

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