O PSB, que já abrigou os atuais presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) e pode ser o destino de mais um, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vai iniciar 2017 com o bloco na rua.
O secretário geral do partido, Renato Casagrande, orienta os que queiram disputar a eleição presidencial de 2018 a começarem já no próximo ano a rodar o país para tentar se viabilizar. Ele admitiu que o partido discute internamente a vinda de Alckmin. “Temos conversas não oficiais de que isso poderia ser possível. Mas ainda não há nada oficial”, afirmou.
Em entrevista à “Coluna Estadão”, o secretário geral da sigla disse que a legenda quer usar 2017 para construir uma proposta. “O desejo de muitos do partido é que a gente tenha a condição de criar uma base para ter candidatura própria à Presidência da República em 2018”, disse.
Sobre os efeitos da operação Lava Jato nesse cenário, ele acredita que ainda ocorrerão muitas alterações no quadro partidário por conta das investigações. “Pode fragilizar algumas lideranças e pode fortalecer algumas lideranças”.
Governo Temer – Renato Casagrande revelou que não há o compromisso de a sigla estar alinhada “100% com as medidas do governo”. “Não indicamos ministro. Fernando Filho (Minas e Energia) foi escolhido pelo presidente, e avalizamos. Isso nos dá maior liberdade”, declarou.
Com relação à possibilidade de se anteciparem as eleições presidenciais, o secretário geral do PSB disse que a aposta, neste momento, é a de que o presidente terá as condições de conduzir o Brasil até 2018.