x

Em um ano insano, de acontecimentos extraordinários, mais erros do que acertos, o Galo viveu do acaso. Chegou longe, mas não fez jus a tamanha caminhada. O time que acredita não consegue milagres aos trancos e barrancos.

Em clima de tributo e pesar pela tragédia da Chapecoense, a comemoração tricolor não foi completa, mesmo diante de 15 anos na fila. O imortal Grêmio voltou a conquistar um título nacional, tornando-se o primeiro pentacampeão da democrática Copa do Brasil. O Galo teve o sonho do bicampeonato adiado.

Derrotado em pleno Mineirão no jogo de ida da final, por 3 a 1, a equipe alvinegra precisava descontar, ao menos, dois gols para empurrar o duelo para os pênaltis. Sua história recente provou que poderia até ser possível, mas não longe de seus domínios.

Na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, prevaleceu a técnica e a força de 55 mil fanáticos torcedores.
O equatoriano Miller Bolaños fez aos 43 min da segunda etapa e o compatriota Cazares igualou do meio da rua, aos 46. O 1 a 1 era mais do que suficiente para os gaúchos.

A decisão não foi e nunca será lembrada como uma disputa de título qualquer. O primeiro jogo após o mundo da bola enterrar 71 vítimas de um desastre aéreo levou o estádio às lágrimas, orações e minuto de silêncio antes do início da partida. A dor é grande, mas o futebol precisava continuar.

E continuou. O desastre da Chape adiou a decisão em uma semana. Era uma questão de respeito. A pausa deu tempo para que o técnico interino Diogo Giacomini arrumasse a casa. Desajustado, o time vivia do talento individual nos tempos de Marcelo Oliveira, demitido um dia depois do apático revés. Mas o cenário mudou um pouco. Mais organizado e compactado, o Atlético fez o que lhe cabia: encarar o rival de igual para igual em plena casa alheia.

No primeiro tempo, o Galo comandou as iniciativas, mas não encontrou o caminho do gol. No segundo tempo, o Grêmio não quis pagar para ver e buscou matar o duelo. Por fim, os gols nos minutos finais nada mudariam no resultado.

Consolação. Quarto colocado no Campeonato Brasileiro – posição que não muda independentemente da última rodada, no próximo fim de semana –, o Atlético precisaria do título da Copa do Brasil para não ter que disputar a fase prévia da Copa Libertadores do próximo ano.

Para um time que investiu alto em nomes badalados como Robinho e Fred, no tão disputado Clayton, além de segurar o Argentino Pratto, seria uma derrota de planejamento. Mas a mudança nas regras anunciadas anteontem pela Conmebol fez o Galo herdar uma vaga na fase de grupos que era dos mexicanos.

Siga nossa página no Facebook, Redação do Diário: [email protected] ou WhatsApp pelo telefone (98) 99137 8382

Leave A Reply