Grêmio e Atlético-MG fazem nesta quarta-feira, às 21h45 (horário de Brasília), em Porto Alegre, a final da Copa do Brasil. A equipe gaúcha, que busca encerrar um jejum de 15 anos sem um título nacional, tem grande vantagem, depois de vencer o jogo de ida, no Mineirão, por 3 a 1. O jogo desta noite é o primeiro de equipes profissionais no Brasil desde a tragédia envolvendo a delegação da Chapecoense. O clima na Arena do Grêmio é de ansiedade pela possibilidade do fim do jejum, mas também de consternação e respeito pelas 71 vítimas do acidente na Colômbia.
O Atlético-MG precisa de uma reação histórica para conquistar seu segundo título da competição. Como o gol fora de casa não conta na decisão, vitória dos mineiros por dois gols de diferença levaria a decisão para os pênaltis. Para ser campeão no tempo normal, o Atlético precisa vencer por três ou mais gols de diferença. Qualquer outro resultado dá ao Grêmio o pentacampeonato.
O técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, manterá o time da vitória no estádio do Mineirão, com exceção do atacante Pedro Rocha, que foi expulso, e será substituído por Everton. Já o Atlético, que demitiu o técnico Marcelo Oliveira e será comandado pelo interino Diogo Giacomini – o ex-gremista Roger Machado foi contratado, mas só assume em 2017 – confia na mudança de astral do time. O Atlético deve jogar com três volantes, com a entrada de Rafael Carioca.
Homenagens – Haverá várias referências à Chapecoense na Arena do Grêmio. O escudo da equipe catarinense aparecerá nos uniformes das equipes e da arbitragem (que vestirá verde) e também na bola do jogo. Na entrada dos jogadores, bandeiras de ambos os clubes, da Chapecoense, do Brasil e da Colômbia serão levadas ao gramado. Na arquibancada, a torcida gremista exibirá a camisa gigante que os torcedores da Chapecoense levam aos jogos na Arena Condá . Os mascotes dos clubes ainda usarão camisas diferentes, com a frase “Força, Chape”.
O minuto de silêncio também será diferente, com toque militar. Ao mesmo tempo, um videoclipe com imagens da Chapecoense será exibido nos telões, sem som. Os jogadores ficarão perfilados no centro do campo, alternadamente, junto com representantes da imprensa, maneira encontrada de homenagear os jornalistas mortos na queda do avião.
Caixão – Ainda em respeito às vítimas do acidente, torcedores organizaram nas redes sociais uma campanha para evitar que gremistas levem caixões vermelhos com uma cruz branca desenhada na tampa à Arena – em alusão ao iminente rebaixamento do maior rival, o Internacional. A própria segurança da Arena Grêmio poderá barrar a entrada destes objetos, embora o clube não tenha se pronunciado oficialmente sobre o tema.
Os pedidos foram, aparentemente, bem aceitos pela torcida do Grêmio, nas redes sociais. Além dos caixões, os gremistas não levarão nem mesmo o “Fantasma da B” – um lençol branco com a letra B e que mais uma vez remete ao péssimo momento do Internacional, que tentará neste final de semana evitar o rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Caixões com as cores do maior rival são uma tradição em jogos em várias regiões do Brasil, especial nos Estados do Sul do País e no Rio de Janeiro. Além disso, também são muito usados em outros países da América do Sul, como Argentina e Uruguai.
Carol Portaluppi – O técnico Renato Gaúcho garantiu que sua filha voltará a entrar no gramado da Arena caso o Grêmio conquiste o título. Na semifinal contra o Cruzeiro, a “invasão” de Carol Portaluppi quase custou a perda do mando de campo na decisão.
“A Carol vem ao jogo, chega quarta-feira, porque tem prova. E eu marco em cima. Vai fazer. Chega no final do dia, vem para o estádio, torce como sempre. É um dos meus amuletos. E se der para entrar em campo, vai entrar. Isso foi providenciado junto à diretoria. Ela vai estar em campo se for campeão. Até porque nas horas ruins estava aí. Nas horas boas também. Se forem julgar e multar, vamos pagar”, declarou. (Redação Veja)
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