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Neste fim de semana o Brasil e em particular o Maranhão perdeu um dos seus poetas mais influentes das últimas décadas Ferreira Gullar, maranhense, nascido José Ribamar Ferreira em 10 de setembro de 1930 em São Luis e mudou-se em 1950, participou da exposição concretista considerada o marco inicial da poesia concreta, militante do partido comunista exilou-se na década de 1970, durante a ditadura militar, e viveu na União Soviética, Argentina e Chile. Voltou ao Brasil em 1977 sendo imediatamente preso, libertado devido a influencias políticas e culturais, premiado no Brasil e em vários países.

Ferreira Gullar deixa um legado literário que vai de peças teatrais, a texto para televisão.

Em 1979, tive o prazer de conhecê-lo em um recital de poesias em São Luis quando na Fonte do Ribeirão em um Sarau literário em prol das liberdades democráticas logo após o episódio da luta pela meia passagem.

Ferreira Gullar e o poeta amazonense Tiago de Melo recitaram suas obras, na oportunidade um grupo de teatro encenou o seu maior poema “ Poema Sujo”, que traduz a São Luis dentro de uma abrangência nacional. Foi um momento mágico na minha vida e na virada cultural do Maranhão que naquele momento inaugurava uma nova forma de fazer arte, tendo a poesia como ferramenta de protesto, de comunicação marginal, fugindo da maldosa censura da ditadura.

Dono de uma pena forte, pesado para o momento em que o Brasil vivia, Ferreira  Gullar deixou seu nome marcado para sempre na cultural, na literatura brasileira. Vá em paz companheiro!

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