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O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), defende, nos bastidores, que o partido apoie Rodrigo Maia (DEM-RJ) na disputa pela presidência da Câmara caso o deputado consiga viabilizar juridicamente sua candidatura à reeleição. Devido à disputa interna no PSDB, que não tem unidade entre seus grupos políticos – há divergências entre as frentes que apoiam Aécio, Geraldo Alckmin e José Serra –, o mais conveniente, neste momento, seria defender o nome de Maia.

A expectativa, nessa situação, é que, caso o atual presidente não se viabilize, seu grupo político se volte a um eventual candidato tucano. A Constituição veda em seu artigo 57 a reeleição de integrantes das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado. Maia quer fazer valer a tese de que, como foi eleito para um mandato-tampão, temporário, poderia concorrer no próximo pleito.

Ele foi eleito em julho, uma semana após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara, quando derrotou o candidato do centrão, Rogério Rosso (PSD-DF).

Para apoiar Maia, Aécio também avalia que, juntos, os grupos fizeram uma boa campanha para o mandato-tampão, quando elegeram o deputado. Além disso, o tucano afirma, nos bastidores, que não haverá força política suficiente para eleger um candidato do PSDB sem aliança com o grupo de Maia.

Na última quinta-feira (9), Rodrigo Maia conseguiu um aliado de peso para sua campanha. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que é juridicamente “defensável” sua candidatura. O senador lembrou a época em que ele próprio renunciou ao mandato, alvo de denúncia de corrupção, e, em seu lugar, assumiu o também peemedebista Garibaldi Alves (RN). Para poder se reeleger, o que é contra os regimentos das duas Casas, Garibaldi recorreu a juristas.

Um dos pareceres foi o do atual ministro do STF Luís Roberto Barroso, que afirmou que, como o senador ocupava um mandato temporário, poderia concorrer na disputa. Mas o PMDB decidiu lançar a candidatura de José Sarney (AP), e Garibaldi desistiu.

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