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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, afirmou neste sábado que os manifestantes que ocupam escolas no país não podem desrespeitar o direito dos eleitores. “É legítimo que se façam protestos, mas é preciso também respeitar os direitos que devam ser exercidos (pelos eleitores). É preciso que haja a devida medida e acho que devemos pensar nisso de uma maneira crítica”, disse Mendes, durante cerimônia de verificação dos sistemas de urnas eletrônicas.

Cerca de 700.000 eleitores de quatro Estados (Paraná, Goiás, Pernambuco e Espírito Santo) terão seus locais de votação alterados por causa das ocupações, que já atingem 1.100 escolas. Os estudantes protestam contra a PEC 241, que impõe um teto aos gastos públicos por 20 anos.

Segundo o ministro, os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) estão fazendo um esforço extra às vésperas do segundo turno para divulgar a tempo o novo local de votação aos eleitores prejudicados pelos protestos. “Os TREs estão tomando todas as cautelas, agora é um esforço de divulgação para que o eleitor se informe a tempo para poder comparecer. Nós esperamos que isso ocorra de maneira adequada, sem maiores problemas”, disse o presidente do TSE.

Apesar das ocupaçõres, o ministro disse acreditar que segundo turno será mais pacífico do que o primeiro, devido à menor quantidade de cidades e eleitores que vão às urnas. “Tomamos todas as cautelas e redobramos em relação ao Rio de Janeiro, em relação à São Luís (MA), onde tivemos incidentes. E também agora voltamos os olhos para Porto Alegre, onde tivemos ataque a comitê. Estamos tomando todas as medidas junto aos TREs para que não haja nenhum desdobramento negativo”, completou Mendes.

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