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Emílio Odebrecht, presidente do conselho de administração do grupo que leva o seu sobrenome, afirmou em acordo de delação, em fase de negociação, que o estádio construído pela empreiteira foi uma espécie de presente ao ex-presidente Lula, torcedor do time, segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo publicada neste domingo (23).

O agrado, na versão de Emílio, foi uma retribuição à suposta ajuda de Lula ao grupo nos oito anos em que o petista comandou o país, de 2003 a 2010. A reportagem mostra que sob governos do PT, de 2003 a 2015, o faturamento do grupo Odebrecht multiplicou-se por sete, de R$ 17,3 bilhões para R$ 132 bilhões, em valores nominais (a inflação do período foi de 102%).

Os relatos, que indicam suborno, ainda terão de ser homologados pela Justiça. Emílio passou a integrar o acordo porque era o principal interlocutor de Lula.

A reportagem mostra que o ex-presidente teria se reunido com Emílio em diversas ocasiões para tratar, além do estádio, da expansão dos negócios da empreiteira para América Latina e África.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, diz à reportagem que a Lava Jato “não conseguiu apresentar qualquer prova sobre suas acusações contra Lula” e que, assim, “trabalha-se com especulações de delações”.

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