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Na badalada Rua Farme de Amoedo, na zona sul do Rio, funcionou até 2007 o restaurante Chez Pierre, no anexo do Hotel Ipanema Plaza. Ali, diante de um cardápio que reunia 102 pratos, Felipe Parente, o homem da mala dos senadores do PMDB, encontrou-se mais de uma vez com Iara Jonas, assessora do Senado, uma senhora de aspecto distinto, sempre elegante.

Não afeita a rodeios, sucinta, Iara apenas pegava envelopes, outras vezes sacolas, com o dinheiro que lhe repassava o empresário cearense, parceiro do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado. ÉPOCA teve acesso a depoimentos sigilosos de Parente, prestados a procuradores do Grupo de Trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República. Parente era um dos responsáveis no PMDB por buscar propina, em dinheiro vivo, junto a empresários que detinham contratos na Transpetro.

Como Sergio Machado estava no cargo graças ao poder político do PMDB do Senado, e especialmente em função da força de Renan Calheiros, a propina era repassada aos senadores do partido – em especial, ao atual presidente do Senado. A confissão do homem da mala do PMDB fornece a prova mais robusta até agora, no petrolão, contra Renan.

Acompanhe a reportagem na integra http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2016/10/delator-revela-como-renan-e-seu-grupo-receberam-r-55-milhoes-do-petrolao.html

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