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O colunista Kennedy Alencar afirmou, hoje, que o deputado cassado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), é o político mais importante preso até o momento pela Lava Jato.

“Apesar de ter sido cassado, Cunha teve muito poder até recentemente. Neste ano, ele foi o principal ator do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Cunha foi o principal operador de esquemas de corrupção no PMDB. Há um conjunto de acusações contra ele nesse sentido. Atuou como corrupto, cobrando propina, mas também exerceu o papel de corruptor, repassando recursos a políticos para que se comprometessem com suas prioridades no submundo de Brasília. As grandes empresas bajulavam Cunha. A imprensa o reverenciou”, lembra Kennedy.

Diante da situação do que guarda Eduardo Cunha, para Kennedy, a única saída que lhe resta é contar o que sabe à força-tarefa da Lava Jato. “O peemedebista é um personagem que detém enormes segredos. Como responde a um caminhão de acusações, só a delação premiada poderia evitar uma condenação com longa pena em prisão fechada. Também seria a forma de proteger familiares, algo que o preocupava bastante”, afirma.

“A prisão de Cunha é a primeira onda de um tsunami da Lava Jato que deverá atingir peemedebistas e tucanos. Tem potencial explosivo parecido com o conjunto de revelações que executivos da Odebrecht ainda farão”, afirma.

Para Kennedy Alencar, preso, Cunha é uma ameaça “concreta à sobrevivência do governo Temer devido ao conhecimento profundo de bastidores sobre figuras centrais da atual administração”. “Diante de todo esse cenário, a delação premiada de Eduardo Cunha tende a ser uma questão de tempo”, completa.

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