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O presidente Michel Temer desembarca na terça (18) no Japão num momento delicado das relações entre os dois países. Em 2015, as exportações do Brasil para o país diminuíram 27,9% em relação ao ano anterior. As importações brasileiras também tiveram queda, de 17,4%.

Os resultados levaram a um deficit de US$ 32,2 milhões na balança comercial dos dois países, ante superavit de US$ 817,2 milhões em 2014. Neste ano, houve sinais de melhora. A viagem de Temer, na visão do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Fernando Furlan, marca uma “retomada” das relações.

Segundo ele, a relação com o governo anterior estava desgastada. Dilma Rousseff desmarcou idas ao país em 2013, por causa dos protestos de junho, e no fim de 2015, em razão da crise política no Brasil, frustrando os japoneses. “Havia a expectativa pela visita de um chefe de Estado brasileiro. E agora percebem que a nossa economia vem se recuperando”, afirma.

O clima desfavorável se completou com o fato de investimentos japoneses no Brasil, principalmente no setor naval, não terem alcançado o retorno esperado. “Foi uma expectativa que não se concretizou, por causa [dos problemas] da Petrobras, da queda no preço do petróleo e da crise que estamos vivendo e da qual eu espero que estejamos saindo”, diz Furlan. (Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo)

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