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A Advocacia Geral da União (AGU) entrou com uma ação de improbidade administrativa contra a empreiteira Camargo Corrêa, investigada na Operação Lava-Jato, para devolver R$ 5,14 bilhões que teriam sido desviados das obras de três refinarias da Petrobras. A ação foi apresentada na semana passada, mas estava sob sigilo até esta sexta-feira. Já é a quinta do tipo ajuizada pela AGU. Nas outras quatro anteriores, o órgão pediu a devolução de R$ 23 bilhões.

As refinarias das quais os recursos teriam sido desviados são Abreu e Lima, em Pernambuco, Getúlo Vargas, no Paraná, e Henrique Lage, em São Paulo. Estão sob suspeita cinco contratos, que tiveram sua execução iniciada entre 2007 e 2010. A AGU usou metodologia do Tribunal de Contas da União (TCU), que multiplica por 17% o valor dos contratos considerados fraudulentos. A Camargo Corrêa já tinha sido alvo de uma outra ação de improbidade motivada pela Lava-Jato, mas ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), e não pela AGU.

Além da Camargo Corrêa, são alvos da ação outras cinco empresas que também atuaram nas obras: Sanko Sider; Sanko Serviços de Pesquisa e Mapeamento; Promon Engenharia; MPE Montagens e Projetos Especiais; e Worley Parsons Engenharia. A AGU acionou ainda quatro executivos que são ou já foram ligados às empresas: João Ricardo Auler, Eduardo Hermelino Leite e Dalton dos Santos Avancini, da Camargo Corrêa; e Márcio Andrade Bonilho, da Sanko Side. Por fim, também são alvos três ex-funcionários da Petrobras: os ex-diretores de Abastecimento Paulo Roberto Costa e de Serviços Renato Duque, e o ex-gerente de Serviços Pedro Barusco. (O Globo – André de Souza)

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