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O presidente Michel Temer (PMDB) admitiu nesta quinta-feira que deixará o governo caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) casse a chapa formada por ele e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Se decorridos todos os recursos processuais que serão cabíveis nesse caso e o judiciário decidir que a chapa deva ser cassada, você sabe mais do que ninguém que eu prego a reconstitucionalização do país. Eu jamais me insurgiria contra uma decisão definitiva do poder judiciário”, afirmou durante entrevista a jornalista Miriam Leitão, no canal de TV por assinatura ‘GloboNews’.

“Eu tenho sustentado, creio que com sucesso, a ideia de que, examinando a Constituição, são diferentes a figura do Presidente da República e a figura do Vice-Presidente. Aliás, no Presidencialismo, a única razão para a existência do vice-presidente é que se houver algum problema institucional o vice-presidente assume”, completou.

Temer descartou a candidatura à reeleição em 2018. “Pela enésima vez, não [sou candidato]”, respondeu após ser questionado pela jornalista. “Eu quero colocar o país nos trilhos, não vou dizer que vou colocar o país como segunda economia do mundo, mas se colocar o país nos trilhos eu já me dou por satisfeitíssimo”, disse já no fim do programa.

Ignorando pesquisa recente que apontou baixa aprovação de seu governo, o presidente Michel Temer disse não se incomodar com “popularidade”. “Não me incomodo com popularidade. Se lá na frente muitos milhões de desempregados me aplaudirem eu me dou por satisfeito”, respondeu.

Michel Temer, no entanto, demonstrou impaciência quando questionado sobre citações de seu nome em delações dentro da Operação Lava-Jato. “Já falei e vou falar com você agora, para que todos nos ouçam”, rebateu e negou as acusações do ex-senador Delcídio do Amaral, de que ele teria indicado Nestor Cerveró à uma diretoria na petroleira, e do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, de que Temer teria pedido recursos para campanha eleitoral de um correligionário.

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