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Os recursos utilizados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht para o pagamento de propinas vinham dos lucros de obras da empresa no exterior, não no Brasil, segundo a representação apresentada pela Polícia Federal e que deu origem à 35ª fase da Operação Lava-Jato.

No documento, os delegados apontam que o ex-ministro Antonio Palocci era procurado por Marcelo Odebrecht e outros executivos do grupo para interferir a favor da Odebrecht na obtenção de acordos para execução de obras públicas financiadas com recursos do BNDES em países como Angola, Venezuela, República Dominicana, Panamá e outros.

A origem dos valores eram três contas de subsidiárias da empreiteira: a OSEL Angola, a OSEL-Odebrecht Serviços no Exterior e a Odebrecht Serviços no Exterior. Algumas contas internacionais da Odebrecht são alvo de investigações na Suíça e a empresa tenta impedir que detalhes sobre as movimentações financeiras da empreiteira sejam enviados para a força-tarefa da Lava-Jato.

“Havia, e isso pode ser afirmado sem sombra de dúvidas, um elevado, sofisticado e sobretudo profissionalizado esquema verdadeiramente criminoso implementado pela Odebrecht para a produção de corrupção em escala global”, escreveu na representação o delegado Felipe Hille Pace, que assina o documento. (O Globo – Dimitrius Dantas)

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