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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram que aprovam o acordo de paz a que chegaram as equipes negociadoras do governo colombiano e da guerrilha, no último mês, em Havana.

Agora, os próximos passos serão a assinatura formal do documento, em cerimônia a ser realizada em Cartagena, nesta segunda-feira, com a presença do líder das Farc Rodrigo Timochenko Londoño, o presidente Juan Manuel Santos, líderes da região, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o rei da Espanha, entre outros.

No domingo seguinte, dia 2 de outubro, os colombianos irão às urnas em plebiscito para decidir se o acordo deve ou não ser implementado. Reunidas desde o último sábado em um acampamento nos Llanos del Yarí, próximo a San Vicente del Caguan (sul), a guerrilha debateu os pontos do acordo e foram realizadas rodadas de esclarecimentos, em que os líderes explicaram à militância como seria sua remoção para as 20 zonas de segurança espalhadas pelo país e a entrega das armas.

Até a noite da última quinta-feira, ainda havia apreensão com relação à decisão que seria tomada no encontro porque, em entrevistas à imprensa, alguns líderes puseram em dúvida alguns pontos do acordo. Um deles, conhecido como Pastor Alape, disse que o dia da anistia, chamado por eles de dia D, deveria ser o dia seguinte à aprovação do plebiscito, quando o que está no documento é que as anistias somente ocorrerão depois de exame dos casos por parte dos tribunais especiais.

Em outra entrevista, o negociador das Farc, Iván Márquez, disse à CNN que seria muito difícil cumprir o prazo estipulado para a entrega gradual das armas, que segundo o acordo deve ocorrer em três fases, nos próximos 180 dias. Já em declaração de ontem, o porta-voz Carlos Antonio Lozada acalmou os ânimos de todos ao afirmar que não existe a menor possibilidade de que o que tenha sido acordado seja renegociado ou revisto.

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