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O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) determinou nesta quarta-feira (21) o bloqueio de R$ 960 milhões das empreiteiras Queiroz Galvão e Iesa. As duas empresas são suspeitas de terem se beneficiado de superfaturamento em obras da refinaria Abreu e Lima, em construção em Pernambuco.

O TCU também determinou o bloqueio de bens do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e do ex-diretor da estatal, Renato Duque, suspeitos de envolvimento nas irregularidades. Eles já tinham tido bens bloqueados em outras decisões do tribunal envolvendo obras e negócios da Petrobras.

Ao tornar os bens indisponíveis, o TCU pretende obter recursos para ressarcir a Petrobras, dona da refinaria, caso o superfaturamento fique comprovado ao final do processo, que apura irregularidades em contratos que envolvem a construção de trinta tubovias de interligação, fornecimento de quatro subestações e obras de um sistema de rede de água de combate a incêndio.

O relator do processo, ministro Benjamin Zymler, apontou que há indícios de sobrepreço de R$ 690 milhões nas obras contratadas, valor que, com correção monetária, subiu para R$ 960 milhões. Segundo ele, também foram consideradas, no processo, as delações premiadas de diversos agentes na Operação Lava Jato – que apura irregularidades em contratos da Petrobras.

“Esse cartel produziu nefasto efeito de superfaturamento verificado nos contratos da Petrobras”, acrescentou Zymler. (Alexandro Martello – Do G1, em Brasília)

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