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O presidente Michel Temer disse, em entrevista exclusiva à emissora de TV “Bloomberg” na segunda-feira (19) que o Brasil ainda terá um “pequeno déficit fiscal” em 2018. “Vai demorar dois ou três anos para eliminarmos (o déficit)”, afirmou o presidente.

Segundo Temer, a economia brasileira ainda continua em situação muito difícil. “Mesmo que melhoremos apenas um pouco no próximo ano, será um grande passo à frente,” notou.

Sobre a operação Lava Jato, Temer afirmou que não haverá obstruções aos trabalhos de investigação, mesmo que eles passem a focar mais seu partido, o PMDB. “A Lava Jato vai continuar até que seja concluída, e que todos os crimes sejam revelados”, disse à Bloomberg.

Temer também afirmou que, por não ter ambições políticas em 2018, ficará à vontade para lidar com questões “aparentemente impopulares”, como o controle dos gastos e a reforma da Previdência. “Agora que eu assumi a Presidência definitivamente, vou adotar uma postura mais dura na política e economia”, disse

Temer concedeu a entrevista na sede da “Bloomberg” em Nova York. Na manhã desta terça-feira, dia 20, o presidente do Brasil fará o discurso de abertura da 71ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Teto de gastos vai ser aprovado neste ano

Michel Temer previu que o Congresso Nacional deverá aprovar a proposta que estabelece um teto para os gastos federais ainda este ano e a reforma da Previdência, no primeiro semestre de 2017.

Temer prometeu gastar seu capital político para implementar as reformas e disse que ficará à vontade para enfrentar temas impopulares. Ainda na entrevista, concedida em Nova York, o presidente brasileiro afirmou que poderá analisar se há espaço para ajudar os Estados e que seu governo sempre combaterá o protecionismo.

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