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Na reta final das eleições municipais, algumas das principais legendas decidiram mexer no Fundo Partidário e estabelecer uma cota por deputado federal que poderá ser repassada a campanhas de candidatos aliados. O dinheiro distribuído pelas legendas tem como origem o Fundo Partidário, composto, em parte, por recursos públicos.

Após negociação com o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), e com o tesoureiro do partido, senador Eunício Oliveira (CE), representantes da bancada do partido na Câmara conseguiram a liberação de pelo menos R$ 5,3 milhões dos recursos do fundo destinados à legenda. O valor corresponde a uma cota de R$ 80 mil para cada um dos 67 deputados.

A decisão foi comunicada pelo líder do PMDB, Baleia Rossi (SP), à bancada na Câmara na semana passada.

Inicialmente, uma ala do partido defendia uma cota de R$ 100 mil por deputado. Segundo integrantes da cúpula do PMDB, o valor foi reduzido para R$ 80 mil para que fosse assegurada “alguma reserva” em caso de emergência.

Além dos repasses aos deputados, parte do dinheiro do fundo do partido também deve ser direcionada, em um futuro próximo, para pagamento de aluguel de uma nova sede para o PMDB em Brasília. O local ainda não foi definido, mas deverá ficar em uma casa no Lago Sul, área nobre da cidade.

Partido Progressista

Apesar do impacto no Fundo Partidário do PMDB, o repasse aos deputados da legenda será bem menor do o previsto para ser distribuído entre os integrantes da bancada do PP, por exemplo.

“No nosso caso, vamos distribuir R$ 700 mil por deputado”, afirmou um integrante da Executiva Nacional do PP. A soma, tendo como base a bancada de 47 deputados do partido no exercício do mandato, chega a R$ 32,9 milhões.

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