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Chegou ao fim. O ciclo de grandes eventos esportivos no Brasil termina com a cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos do Rio. E foi de emocionar a festa que celebrou a diversidade, destacada na mistura musical que se ouviu nesta noite, no Maracanã. Os ritmos foram do samba ao rock, passando pelo pop, baião, bossa nova indo até o funk. O estádio lotado participou, cantou, se emocionou e, os brasileiros sentiram orgulho do seu país mais uma vez.

A cerimônia começou animada com os percussionistas dos Batuqueiros do Silêncio, deficientes auditivos que fizeram uma batida envolvente ao lado da cantora paraense Gaby Amarantos, misturando samba e maracatu. O diálogo sonoro continuou no encontro de cordas de Armandinho, com o frevo, e Andreas Kisser, tocando heavy metal. Mas a emoção tomou conta do público quando o joven músico Johnatha Bastos, que nasceu sem os dois braços,  se juntou aos dois e mostrou o som de sua guitarra tocada com os pés.

Para quem já estava com lágrimas nos olhos, ela terminou de cair com a apresentação do Hino Nacional feita pelo tenor e pianista Saulo Lucas. Autista e deficiente visual, ele sensibilizou a plateia, que foi convidada à contemplar as estrelas da bandeira do Brasil e do céu carioca.

Os atletas paralímpicos, principais destaques da festa, já estavam no gramado do Maracanã quando a cerimônia começou. Mas o público vibrou bastante com a entrada da bandeira brasileira, levada pelo jogador de futebol de 5 a tetracampeão paralímpico, Ricardinho.

A biodiversidade entrou em cena com a mistura musical de Nação Zumbi, representando a fauna e flora brasileira, Vanessa da Mata, simbolizando as águas, e a cantora Céu, que destacou as batidas de um coração.

Outra parte que emocionou o público foi o agradecimento dos organizadores do evento a cada voluntário que fez acontecer os Jogos do Rio. Cem representantes ganharam flores por sua dedicação e alegria. O cantor baiano Saulo levantou a galera com a música “One Love”, de Bob Marley.

Os valores do movimento paralímpico são demonstrados com imagens dos Jogos e na interpretação do Hino Paralímpico por Daniel Santiago, Pedro Martins e Mestrinho. Em seguida, é feita a transferência de sede para Tóquio, caracterizada pela entrega da bandeira do Comitê Olímpico Internacional para a governadora da capital japonesa

Os ventos do futuro, trazidos por pessoas que carregavam 300 cataventos, apagam a pira paralimpica no Maracanã. Depois e tanta emoção, a festa rolou solta no estádio. Os artistas fizeram um grande show, que teve Dream Team do Passinho, Nego do Borel, além dos cantores que já tinham passado pelo palco. Ivete Sangalo finalizou a cerimônia levantando o público com muita música e animação. O Brasil se despede dos Jogos com a certeza de que serão inesquecíveis. (Ana Paula Moreira)

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