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Cercado de aliados do Congresso Nacional e militantes do Partido dos Trabalhadores, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esbravejou contra o Ministério Público Federal e chamou de “pirotecnia” a denúncia que o classificou como “o comandante máximo do esquema de corrupção” investigado pela força-tarefa da Operação Lava Jato, apresentada por procuradores na quarta-feira (14).

Promovido na sede do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores em São Paulo no início, o pronunciamento foi marcado por um discurso no qual Lula relembrou de toda a sua trajetória política, desde os tempos de metalúrgico em São Bernardo do Campo, passando pelas derrotas e vitórias em eleições à Presidência da República, até sua luta de defesa para impedir o impeachment de Dilma Rousseff.

“Ontem eu fui vítima de um momento de indignação.  Eu, sinceramnete, nunca pensei passar por isso. Me achincalharam tanto, escreveram tanto, que eu falei, ‘puxa vida, esses caras devem ter provas de um crime bárbaro cometido contra o Lula”, declarou em longo discurso de mais de uma hora.

“Eu tava em Brasília e pensei em ir para a China para me esconder. Será que tenho a doença do esquecimento para saber o crime bárbaro que cometi? E descobri que tanto os acusadores como parte da imprensa brasileira estão mais enrascados e comprometidos do que eles pensavam. Porque construíram uma mentira, um enredo como se fosse uma novela. Já cassaram a Dilma, o Temer assumiu com o golpe […] Agora precisam concluir a novela: quem é o bandido e quem é o mocinho? E quiseram dar um fecho: acabar com a carreira politica do Lula.”

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