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A volatilidade prevaleceu no mercado de câmbio no dia da cassação do mandato presidencial de Dilma Rousseff. O vaivém foi alimentado pela tensão em torno das etapas finais no processo de impeachment da petista e pela disputa para a formação da última taxa Ptax de agosto, enquanto, lá fora, o petróleo recuava mais de 3%.

Mesmo após a confirmação do afastamento definitivo de Dilma, a divisa norte-americana chegou a tocar a máxima do dia, aos R$ 3,2557 (+0,54%), diante de preocupações com um possível racha na base governista de Michel Temer. A moeda só se firmou em queda ante o real no final da sessão, quando políticos da base aliada amenizaram essa possibilidade.

No mercado à vista, o dólar negociado no balcão fechou em queda de 0,36%, aos R$ 3,2268, não muito distante da mínima intraday, de R$ 3,2165 (-0,67%). De acordo com dados registrados na clearing da BM&FBovespa, o volume de negócios somou US$ 1,179 bilhão.

Já no segmento futuro, o contrato de dólar para outubro caiu 0,57%, aos R$ 3,2535, com giro de US$ 18,310 bilhões. Na mínima, o dólar para outubro chegou a R$ 3,2460 (-0,79%), enquanto a máxima registrada foi de R$ 3,2870 (+0,46%).

De acordo com agentes financeiros, o movimento de baixa do dólar também foi decorrente da expectativa de entrada de recursos no País, com a diminuição das incertezas políticas, e por um desmonte de apostas feitas nos últimos dias de que Dilma poderia retornar à principal cadeira do Executivo.

O impeachment de Dilma se concretizou no começo da tarde com 61 votos a favor e 20 contrários no Senado. Agora, o foco se concentra na agenda de reformas de Michel Temer. Também consta no radar dos investidores o futuro da política monetária dos Estados Unidos, aumentando a importância dos próximos indicadores norte-americanos, como o relatório de empregos (payroll), na sexta-feira (2).

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