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Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita com alunos do 9º ano de escolas públicas e privadas mostra que, entre 2012 e 2015, houve uma redução preocupante no uso de preservativos.

Em 2015, 27,5% dos alunos do último ano do fundamental disseram já ter tido relação sexual alguma vez. Desses, 61,2% disseram ter usado camisinha na última relação sexual antes da pesquisa. Isso significa que quase 40% dos estudantes não tinham usado preservativo durante a relação.

Em 2012, 28,7% disseram já ter tido relação sexual, e 75,3% usaram camisinha.

Quase nove em cada dez jovens (87,3%) disseram ter informação na escola sobre prevenção de Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, e 79,2% recebem informações sobre prevenção da gravidez. A menor porcentagem (68,4%) foi de jovens que disseram ter sido informados sobre onde podem receber preservativos gratuitamente.

A terceira edição da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense) confirma a grande diferença entre jovens do sexo feminino e masculino e entre alunos das redes pública e privada, no que se refere a sexo e mais proximidade em temas como consumo de cigarro, álcool e drogas ilícitas.

A pesquisa foi realizada em todo o país entre abril e setembro de 2015, com abrangência de 2.630.835 alunos do 9º ano do ensino fundamental.

Abuso. Pela primeira vez, a pesquisa investigou casos de jovens que tiveram relação sexual forçada, violência que atingiu 4%, ou 105,2 mil alunos. Entre os meninos, 3,7% relataram ter sofrido abuso, e, entre as meninas, 4,3%. Os casos são mais frequentes nas escolas públicas (4,4%) do que nas particulares (2%).

Entre os forçados a ter relações sexuais, 11% disseram que o agressor foi pai, mãe, padrasto ou madrasta, e 19% responderam ter sido outros parentes. A maior parte dos alunos (26,6%) disse ter sido obrigada a transar com namorados ou namoradas e com amigos (21,8%).

Entre os jovens, 14,5% (381,3 mil) disseram ter sido agredidos fisicamente por algum parente nos trinta dias anteriores à pesquisa. Houve pequena diferença entre escolas públicas (14,8%) e privadas (13%).

Uso de cigarro

Nas escolas públicas, 19% dos jovens experimentaram cigarro – índice maior do que nas privadas, 12,6%. Além disso, 0,5%, dos jovens revelou ter consumido crack nos 30 dias anteriores à pesquisa, ou seja, 13 mil seriam usuários da droga, mesmo que eventuais.

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