Fatores genéticos e biológico estão diretamente ligados a doenças, transtornos e distúrbios mentais, mas o ambiente e todo estímulo – ou a falta dele – que a criança recebe na infância também podem favorecer o aparecimento desses problemas na adolescência e na fase adulta.

Nos consultórios, é comum pais e professores demonstrarem desconhecimento sobre como atender as necessidade básicas para o desenvolvimento afetivo, social e físico da criança pare evitar um impacto futuro, segundo a neuropsicóloga Elinéa Ferreira Barbosa.

“No autismo, um caso grave de distúrbio psiquiátrico, se a mãe percebe mais cedo, mais precocemente, é possível de ser trabalhado, estimulando o filho para que o prejuízo seja menor”, afirma. A atenção constante também pode evitar outros distúrbios de comportamento e alterações mentais importantes, como a hiperatividade.

De acordo com Elinéa, antigamente se “psicologizava” tudo, mas, hoje, a maioria dos profissionais sabe que o cérebro tem uma influência direta para entender esses distúrbios. “Estímulos da família desde o nascimento são um fator importante para que o cérebro ‘entenda’ que a criança está sendo amada e respeitada, e isso vai trazer recursos para o desenvolvimento infantil”, explica.

O conceito que lida com essas questões atualmente agora é o da neuroplasticidade cerebral. “O cérebro precisa de atenção para entender que a criança não é abandonada, precisa de estímulos. Pois, se a pessoa vive em um ambiente que não é promissor, as doenças têm mais chance de se desenvolver”, garante Elinéa.

Outras reflexões sobre o comportamento infantil normal e alterado, além da importância de regras, limites e punições e tratamentos, serão abordadas pela neuropsicóloga na palestra gratuita “A importância do desenvolvimento infantil”, que será realizada nesta sexta-feira (26), às 19h, na Faculdade Senac, em Contagem.

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