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Um ouro para simbolizar a glória e jogar por terra as dificuldades de uma campanha que termina com a redenção. A redenção por um técnico multi-campeão, que não se cansa de dar provas da sua capacidade.

O lugar mais alto do pódio, conquistado em Sidney 2004, foi repetido no Maracanãzinho, neste domingo, em vitória por 3 a 0 (25/22, 28/26, 26/24). Desta vez, um sabor especial por estar em casa e ter reviravoltas como as grandes marcas de uma trajetória dourada.

Tão importante quanto o que se via na beira da quadra, com Bernardinho, foi a força de um grupo guerreiro, que fez a união ser seu maior trunfo no furacão de dúvidas criadas pelos percalços do trajeto. Um elenco de estrelas que conseguiu colocar cada peça no mesmo patamar. Um equilíbrio necessário para a maior conquista da carreira. Nada pode ir além de um ouro olímpico.

 A tensão criada após os quatro primeiros jogos da Olimpíada, quando apenas duas vitórias foram somadas, fizeram o Brasil chegar pressionado contra França, no último jogo da fase de classificação.

A faca afiada no pescoço fez nova postura ser mostrada. Ali, o time renasceu, classificando-se na última posição possível. Renasceu não se sabe de onde, tendo Lucarelli e Lipe como dúvidas diante da algoz Rússia na semifinal, aumentando a incerteza de que ir além seria possível. Uma nova atuação, digna de medalha olímpica, colocou o time na final diante de uma Itália com pouco a perder.

O mesmo lugar escapou de forma trágica em 20120, quando o ouro parecia tão perto. Um caminho que foi necessário para se chegar no auge dentro da carreira esportiva, que teve o Maracanãzinho como palco de uma glória que não será esquecida.

Na mente, nos corações e da memória dos brasileiros ficará um ouro olímpico dentro de casa, com a superação sendo sua marca mais nítida e necessária. (Por Daniel Ottoni)

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