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A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) recebeu doação de R$ 500 mil via caixa dois da Odebrecht na campanha de 2010, segundo informação prestada durante processo de delação premiada de executivos da empresa.

Corrigido pela inflação do período, o valor seria hoje de R$ 757 mil.

Na época, Marta concorreu ao cargo pelo PT, partido que deixou em 2015 para se filiar ao PMDB, legenda pela qual disputa este ano a Prefeitura de São Paulo.

A senadora nega a acusação e diz não ter recebido doações da Odebrecht na eleição de 2010. Não constam registros de contribuição da empreiteira à campanha dela na Justiça Eleitoral naquele ano.

A informação foi prestada há cerca de duas semanas aos procuradores da República em Curitiba, que conduzem o processo de delação.

A negociação com os executivos ocorre paralelamente às conversas sobre a leniência com a Odebrecht, espécie de delação para pessoas jurídicas.

A citação a Marta integra um dos volumes preliminares da negociação com os procuradores. Caso o acordo de delação seja fechado, essas informações poderão ou não entrar na versão final.

Segundo depoimento prestado aos procuradores, a negociação sobre os R$ 500 mil foi feita com o empresário Márcio Toledo, hoje marido de Marta e namorado da senadora em 2010.

Toledo atuou nos bastidores da coordenação daquela campanha, inclusive na articulação para buscar potenciais doadores.

É a primeira vez que Marta Suplicy aparece como suposta beneficiária de caixa dois na investigação da Lava Jato. (Folha de S.Paulo – Bela Megale)

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