O técnico José Roberto Guimarães está na reta final do momento mais difícil do ciclo olímpico: a hora de realizar os cortes finais e definir o grupo da seleção brasileira feminina de vôlei que disputará os Jogos no Rio de Janeiro.

As últimas partidas oficiais antes da Olimpíada serão disputadas a partir desta quarta-feira (6), pela fase final do Grand Prix. Às 8h, o primeiro desafio será contra a Tailândia, que sedia a etapa decisiva, em Bangcoc. Na quinta, no mesmo horário, um teste ainda melhor: desafio contra a seleção russa, outra favorita da chave e que enfrenta a Tailândia na próxima sexta.

Entre as três, serão duas as classificadas à fase semifinal, no sábado. A regra é a mesma para a outra chave, que tem Estados Unidos e China (com reservas), duas melhores equipes da primeira fase, e Holanda, a quinta colocada.

As dúvidas – Zé Roberto ainda tem modificações a fazer no grupo olímpico. Atualmente, o elenco conta com quatro levantadoras, duas opostas, cinco ponteiras, quatro centrais e duas líberos. Cinco jogadoras ainda serão cortadas.

Na posição de levantadora, a grande dúvida é Fabíola, que já treina após o nascimento de sua segunda filha. Caso ela esteja recuperada, será a reserva natural de Dani Lins, enquanto Roberta e a minastenista Naiane estarão fora. Se Fabíola não puder jogar, Roberta, que tem atuado mais, será a convocada para os Jogos Olímpicos.

Fernanda Garay, Natália, Gabi e Jaqueline são as ponteiras do grupo olímpico, enquanto Mari Paraíba, que segue com o elenco, mas não tem sido relacionada no Grand Prix, é a provável dispensada.

Para centrais e líberos, um corte ainda será feito em cada posição. Adenizia, central reserva de Londres 2012, e Juciely, uma possível novidade, brigam pela vaga que já tem Thaisa e a capitã Fabiana como presenças certas. Entre as líberos, Camila Brait é a mais cotada por ter participado de todo o ciclo olímpico como titular, porém, Léia tem participado bastante das partidas.

Entre as opostas, nada de dúvidas. Sheilla e Tandara devem estar presentes na lista que contará com duas levantadoras, duas opostas, quatro ponteiras, três centrais e uma líbero. A central Carol é a única já dispensada até agora.

O jogo – Contra a Tailândia, as brasileiras são amplamente favoritas. Enquanto o Brasil conseguiu a quarta melhor campanha da primeira fase, vencendo sete dos seus nove jogos, as tailandesas só estão na fase final por sediarem a etapa. A seleção anfitriã foi a décima entre 12 equipes na fase classificatória, com duas vitórias, o que não deixa as brasileiras menos atentas.

“Na Tailândia, os ginásios estão sempre lotados e os torcedores incentivam o tempo todo. Elas têm um jogo muito diferente do nosso, com muita velocidade. Será a nossa estreia na fase final e é muito importante fazermos um bom jogo para começarmos bem esse momento decisivo”, comenta a oposta Sheilla.

A expectativa é que, contra a Rússia, o cenário se modifique. Além da melhor técnica, o estilo de jogo utiliza mais bolas altas e mais força no ataque e bloqueio. A equipe das atacantes Goncharova e Kosheleva também serão adversárias do Brasil na primeira fase dos Jogos Olímpicos.

Jogos das “dúvidas” no Grand Prix 2016 (*):

Levantadoras:
Roberta – 9 (todos como reserva)
Naiane – 0

Ponta:
Mari Paraíba – 1 (1 set na 1ª semana; demais ponteiras jogaram mais vezes)

Centrais:
Adenízia – 5 (1 como titular)
Juciely – 5 (3 como titular)

Líberos:
Camila Brait – 7 (4 como titular)
Léia – 5 (5 como titular)

(*) Jogadoras não listadas (Dani Lins, Sheilla, Tandara, Garay, Natália, Gabi, Jaqueline, Thaisa e Fabiana) são encaradas como certezas na lista final. Fabíola não jogou, pois estava grávida.

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