O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a inflação na saída das fábricas, ficou em 0,90% em maio deste ano. Essa foi a primeira alta de preços depois de três meses de deflações (queda de preços). Em abril, por exemplo, a deflação havia sido de 0,34%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPP acumula deflação de 0,61% no ano e inflação de 5,61% em 12 meses.

Em maio, 11 das 24 atividades da indústria pesquisadas pelo IPP tiveram inflação. As principais influências para a inflação de 0,90% do mês vieram dos setores de alimentos, com alta de preços de 2,82%, indústrias extrativas (11,37%) e outros produtos químicos (0,88%).

Deflação

Para o IBGE, 13 setores tiveram deflação no período. A queda de preços mais importante para segurar a inflação em maio veio do refino de petróleo e produtos de álcool, com -1,28% no mês.

Entre as grandes categorias econômicas, os bens intermediários, isto é, os insumos para o setor produtivo, tiveram a maior taxa (1,19%). Os bens de consumo duráveis acusaram inflação de 0,49%, enquanto os bens de consumo semi e não duráveis, uma alta de preços de 0,83%. Já os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos, registraram deflação de 0,38%.

Confiança

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) registou alta de 4,2 pontos em junho, chegando a 83,4 pontos. O índice, medido pela Fundação Getúlio Vargas, registrou elevação em 14 dos 19 segmentos pesquisados.

Para o superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo Jr, o resultado indica uma melhora das expectativas dos empresários, que vem ocorrendo desde abril. “Um movimento que pode ser definido como de redução do pessimismo. O retorno da confiança aos níveis médios históricos dependerá, de agora em diante, de uma efetiva recuperação da demanda interna e da redução das incertezas originadas no ambiente político”, analisou.

O Índice de Expectativas teve alta de 7,5 pontos e ficou com 85,7 pontos em junho. A variação mensal foi a maior desde janeiro de 2002, quando foi verificada uma elevação de 7,6 pontos. A alta foi puxada pela diminuição do percentual de empresas que acreditam que devem reduzir a produção nos próximos meses, de 28,7% em maio, para 16% em junho. A parcela de indústrias que avaliam que passaram a produzir mais subiu de 23,4% para 24,2%.

O Índice de Situação Atual teve elevação de 2,7 pontos em junho, ficando com 80,1 pontos. Segundo a FGV, o resultado está ligado à estabilização das perspectivas em relação à demanda, que vinham apresentando um quadro de pioras sucessivas.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou praticamente estável em junho, crescendo 0,1 ponto percentual em junho sobre maio, ficando em 73,9%. O primeiro avanço desde o terceiro trimestre de 2013.

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