O ministro das Cidades, Bruno Araújo, anunciou ontem a retomada das obras de 6% das cerca de 71 mil moradias da faixa 1 do Minha Casa Minha Vida. Segundo ele, o ministério se empenhará para a retomada gradual dos outros empreendimentos cujas obras estão paradas. “Nosso esforço é de, mês a mês, dar passos seguros para fazer com que os contratos que foram assinados tenham o devido fluxo de pagamentos”, afirmou Araújo.
De acordo com ele, a retomada das 4.232 unidades habitacionais em São Paulo, Acre, Bahia, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul representam investimentos da ordem de R$ 310 milhões.
O ministro não quis fixar um prazo para a retomada das obras, mas disse que a sociedade brasileira quer a garantia de que haverá recursos para honrar os compromissos assumidos.
Araújo voltou a criticar a postura do governo anterior, da presidente afastada Dilma Rousseff, de contratar moradias da faixa 1 sem entregar as que estão sendo construídas. O ministro disse que não há uma previsão de quando serão feitos novos contratos para essa faixa, que atende famílias com renda mensal de até R$ 1.800. Os subsídios chegam a 90% do valor do imóvel.
Araújo também afirmou que não tem compromisso com a meta de Dilma de contratar 2 milhões de moradias até fim de 2018.
Ponto decisivo. O Brasil vive momento da maior importância porque chegou a um ponto de decisão, de acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Esse ponto é agonizado pela nossa crise econômica. Dependendo dos resultados deste ano, nós teremos a maior recessão na economia brasileira desde que começou a ser medido o PIB em 1992”, afirmou ele ontem. Meirelles voltou a bater na tecla da necessidade de a sociedade conter a ansiedade por ver os problemas econômicos que afetam o país serem resolvidos no curtíssimo prazo.