A operadora de telefonia Oi pediu recuperação judicial nesta segunda-feira (20). No total, a empresa incluiu R$ 65 bilhões em dívidas no processo.
É o maior pedido de recuperação judicial já protocolado no Brasil, recorde que pertencia à OGX, do empresário Eike Batista, que declarou à Justiça ter dívidas de R$ 11,2 bilhões em 2013.
Também na segunda, a Oi divulgou que havia conseguido 180 dias para renegociar suas dívidas com credores em acordo com o BNDES.
O contrato com o banco de suspensão da dívida foi assinado em maio, mas só foi divulgado na segunda como parte de documentos relativos ao processo de renegociação com credores.
No dia 10, o então diretor-presidente da empresa, Bayard Gontijo, renunciou ao cargo. Ele havia assumido o cargo no início do ano, após saída repentina de Zeinal Bava, que renunciou após calote de quase 1 bilhão de euros da holding Rioforte, do Grupo Espírito Santo, maior sócio da Portugal
Telecom, com quem a Oi estava se fundindo.
Ao assumir, Gontijo havia prometido reestruturar a pesada dívida da empresa. Gontijo foi substituído pelo diretor financeiro Marco Schroeder.
A Oi encerrou o primeiro trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 1,64 bilhão. Em março, a dívida líquida da empresa estava em R$ 40,84 bilhões -alta de 7% ante o fim do ano passado, enquanto o caixa disponível ficou em R$ 8,53 bilhões, queda de 49,3% sobre o trimestre imediatamente anterior.