Após quase três horas de depoimento, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza deixou o prédio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) às 11h55 desta terça-feira (21). Ele saiu em um carro da Getap, sem falar com a imprensa – assim como havia chegado, às 9h13.

Segundo seu advogado, Jean Robert Kobayshi, foi feita uma “delação informal”. O próximo passo é o Ministério Público oficializar e, em seguida, homologar o acordo.

O defensor disse que a expectativa é que o acordo de delação premiada tenha reflexos também na pena que o empresário já cumpre em relação ao mensalão do PT.

Ele não quis adiantar os termos da delação acordada com os promotores. “Se não, perde a eficácia”. os promotores, segundo ele, “estão analisando” as informações reveladas hoje por Marcos Valério.

A expectativa era de que ele falaria sobre o mensalão tucano, sendo ouvido por três promotores. De acordo com informações antecipadas nesta terça, o órgão deve aceitar a proposta de delação premiada do operador sobre o esquema que teria irrigado ilegalmente a campanha à reeleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB) em 1998.

Às 12h10, o promotor Eduardo Nepomuceno deixou o prédio do MP. Sem dar entrevista à imprensa, ele confirmou apenas a presença de Marcos Valério, mas disse que, neste momento, a promotoria está conversando com a defesa sobre a possibilidade de uma delação. O promotor não quis dar detalhes sobre a conversa de quase três horas com Valério.

O acesso ao prédio do MPMG esteve restrito na manhã desta terça, com permissão de entrada apenas para pessoas identificadas. (Por Tamara Teixeira)

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