Em um de seus depoimentos da delação premiada, o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) condenado no mensalão e na Lava Jato revelou que, pelo menos desde o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) os partidos da base aliada e até da oposição dos governos “manobram” para impedir que as CPIs e a Comissão de Minas e Energia na Câmara investigassem a fundo as suspeitas sobre a maior estatal brasileira.

Desde 1989, pelo menos, todas as comissões parlamentares de inquérito instauradas no Congresso para investigar a estatal não tiveram nenhum resultado prático para barrar irregularidades na estatal.

O motivo para isso, segundo o delator, é só um: as empresas que mantinham contratos na Petrobras e financiavam suas campanhas políticas tanto da base quanto da oposição aos governos. Ele citou ainda pagamentos de propinas das empreiteiras para que parlamentares evitassem avançar em investigações sobre a estatal em 2002 e 2009.

“Os partidos comprometidos com a Petrobras, tanto da base aliada, quanto da grande maioria da oposição, eram devedores aos empresários que financiavam suas eleições no Estados e tinham negócios com a Petrobras”, relatou.

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