O Maranhão perdeu 15 mil 960 empregos formais, de 2014 para 2015, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social. De acordo com os números, no ano de 2014, o Maranhão tinha um estoque de 738 mil 826 empregos formais e ao final do ano passado, baixou para 722 mil 866.
O saldo entre as contratações e as demissões, em 2014 era positivo, de 16 mil 366.
Segundo o Ministério do Trabalho, o universo de declarantes da RAIS é mais abrangente que o do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), pois, além do contingente de celetistas, engloba também o conjunto de estatutários que trabalham no setor público.
A estatística mostra que o setor de Serviços foi onde se deram as maiores perdas absolutas de emprego, certamente impactado queda nas atividades de turismo, e onde houve melhor desempenho foi na administração pública. Além dos órgãos estatais, apenas as empresas de serviços industriais de utilidade pública e de comércio conseguiram manter saldo positivo. (Aquiles Emir)
Eis o desempenho por setor:
- Extração mineral havia em 2014, 2 mil 388 empregos formais e em 2015 caiu para 1 mil 777, gerando um saldo negativo de 611 (-25,59%)
- Indústria de transformação, eram 41 mil 789 e baixou para 40 mil 993, um saldo negativo de 796 (-1,90%)
- Serviços de Utilidade Pública (SIUP), o nível de emprego foi de 5 mil 663 para 5 mil 933, gerando um saldo positivo de 270 (4,77%)
- Construção Civil, o nível de emprego foi de 56 mil 455 para 50 mil 119, um saldo negativo de 6 mil 336 (-11,22%)
- Comércio, de 151 mil 348 para 152 mil 045, com saldo positivo de 697 (0,46%)
- Serviços, de 193 mil 207 para 184 mil 041, com saldo negativo de 9 mil 166 (-4,74%)
- Administração Pública, de 269 mil para 270 mil 545, com saldo positivo de 1 mil 478 (0,55%);
- Agropecuária, de 18 mil 909 para 17 mil 413, com saldo negativo de 1 mil 496 (-7,91%).
São Luís teve um dos piores desempenhos, com saldo negativo superior a 21 mil
Pegando-se o período de 2003 a 2015, verifica-se que 2014 foi o ano de maior acúmulo de empregos, 738 mil 826, porém 2010 foi o que apresentou melhor saldo, entre admissões e demissões: 74 mil 350. Os números da Rais mostram ainda que nestes 13 anos, apenas 2015 registrou saldo negativo.
Pela faixa etária, verifica-se que as pessoas com idade entre 25 e 29 anos são as mais sacrificadas. Veja os números:
- Faixa Etária 2014 2015 Var. Absoluta Var. Relativa (%)
- De 15 a 17 anos 1.149 1.255 106 9,23
- De 18 a 24 anos 93.642 87.665 -5.977 -6,38
- De 25 a 29 anos 118.387 109.254 -9.133 -7,71
- De 30 a 39 anos 241.881 238.346 -3.535 -1,46
- De 40 a 49 anos 159.011 159.258 247 0,16
- De 50 a 64 anos 114.199 115.504 1.305 1,14
- 65 anos ou mais 10.427 11.485 1.058 10,15
- Total 738.826 722.866 -15.960 -2,16
Capital – O saldo negativo em São Luís, foi bem maior do que o do Estado, mais de 21 mil, o que foi compensado pelo desempenho de outros municípios. Veja os números na tabela abaixo:
- Setor 2015 2014 Var. Abs. Var. Rel.%
- Extrativa mineral 538 653 -115 -17,61
- Indústria de transformação 12.426 13.244 -818 -6,18
- Servicos industriais de utilidade pública 2.809 2.810 -1 -0,04
- Construção Civil 30.421 43.295 -12.874 -29,74
- Comércio 60.041 61.892 -1.851 -2,99
- Serviços 122.093 128.642 -6.549 -5,09
- Administração Pública 104.275 103.044 1.231 1,19
- Agropecuária 371 544 -173 -31,8
- Total 332.974 354.124 -21.150 -5,97