O governo impôs sigilo à lista de passageiros que decolaram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de Brasília para a capital chilena Santiago. O voo aconteceu no início de agosto, e o avião presidencial parou por 10 minutos em São Paulo antes de seguir viagem, segundo reportagem da Folha de S. Paulo dessa segunda-feira (14).

Questionada, a Secretaria de Comunicação (Secom) do Palácio do Planalto ainda não se manifestou sobre o porquê do sigilo ter sido imposto à lista.

A parada em São Paulo não ocorreu para reabastecimento ou por outras razões operacionais. Interlocutores do Planalto disseram à Folha de S. Paulo que a aeronave realizou a escala para o embarque da primeira-dama Janja, que estava em São Paulo na ocasião.

Respondendo a pedido feito pela Lei de Acesso à Informação (LAI), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) afirmou que não poderia expôr a lista por razões de segurança e declarou que a solicitação feita só poderá ser respondida após o final do mandato do presidente Lula.

O GSI citou, ainda, trecho do decreto que dispõe sobre o acesso à informação. Nele, consta que os dados solicitados são sensíveis e podem pôr em risco a defesa e a soberania e prejudicar a condução das relações do país.

O presidente Lula esteve no Chile para uma série de agendas bilaterais com o presidente Gabriel Boric em agosto. Uma comitiva de 14 ministros participou desses encontros. Entre os presentes estava o agora ex-ministro Silvio Almeida.

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