Um diálogo identificado pela Polícia Federal (PF), entre os investigados no caso da “Abin Paralela”, menciona que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes não sairia com impeachment e só com “tiro mesmo”. Em outro diálogo é usado o termo em inglês também para fazer referência a “tiro na cabeça”,“head shot”, e ao calibre da munição “7.62”.

Moraes, relator do caso no STF, retirou o sigilo da operação Última Milha, que teve sua quarta fase deflagrada nesta quinta-feira (11). Ministros da Corte, parlamentares do Congresso Nacional e jornalistas foram alvos de espionagem ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), de acordo com a PF.

Alexandre de Moraes autorizou a execução de cinco mandados de prisão preventiva, que já foram cumpridos. Além disso, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Juiz de Fora (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Segundo a PF, o objetivo desta fase é “desarticular uma organização criminosa” após ser constatado que membros dos três Poderes e jornalistas foram alvos das ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de fake news.

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

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