O União Brasil descartou a saída de Juscelino Filho do Ministério das Comunicações em nota divulgada nesta quinta-feira (27). O comunicado foi enviado após o jornal Folha de São Paulo publicar uma reportagem que afirmava que a sigla e o governo deram sinais para a saída do político após ele ser indiciado pela Polícia Federal.

“A direção do União Brasil esclarece que não houve qualquer contato por parte de auxiliares do presidente para discutir o assunto mencionado. Reiteramos que, como o próprio presidente Lula declarou, o ministro Juscelino Filho continua exercendo seu cargo com distinção”, afirmou trecho da nota assinada pelo presidente da sigla, Antonio de Rueda.

“O União Brasil reafirma seu apoio incondicional ao ministro Juscelino Filho, cuja integridade e profissionalismo são inquestionáveis e refletidos em sua gestão competente e dedicada no Ministério das Comunicações. Tal eficácia é reconhecida e valorizada pelo próprio presidente Lula”, continuou.

Um dia antes da divulgação da nota, na quarta-feira (26), o presidente Lula afirmou, em entrevista ao Uol, que o ministro será afastado do cargo caso seja denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).”‘Se for aceita [a denúncia], [o ministro] vai ser afastado, ele sabe disso”, disse o presidente.

Em resposta ao jornal O Globo, também na quarta-feira (26), o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, declarou que permanecerá no cargo enquanto o presidente da República “quiser”.

O caso está em análise pela PGR, que decidirá se denuncia o ministro ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do processo na Corte é Flávio Dino, indicado por Lula.

A Polícia Federal (PF) indiciou Juscelino Filho em 11 de junho por suspeita de envolvimento em crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O inquérito investiga desvios de recursos de obras de pavimentação financiadas com dinheiro público da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), uma estatal sob controle do Centrão.

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